• “Reino Unido é um parceiro natural para o desenvolvimento de Angola”- Ministro do Planeamento


    O Ministro do Planeamento, S.E. Victor Hugo Guilherme, afirmou hoje que o Governo está determinado a construir um ecossistema empresarial competitivo aberto ao mundo e orientado para resultados.

    Falando na abertura do Fórum de Negócios Reino Unido- Angola, o governante disse que Angola procura capital, parceiros com visão e futuro, responsabilidade social, capacidade de inovação e vontade de criar impacto positivo e duradouro.

    Acrescentou que o Reino Unido, com a sua tradição de excelência em engenharia, finanças, energias limpas, educação e saúde, é um parceiro natural para a estratégia de desenvolvimento de Angola.

    O governante angolano convidou o
    o sector privado britânico a explorar as oportunidades que Angola oferece, “considerando a constituição de parcerias estratégicas com empresários angolanos, conhecer de perto a nossa realidade, olhar para Angola não apenas como um mercado emergente, mas como um país com um plano claro de estabilidade crescente e com uma juventude vibrante e empreendedora”.

    O Ministro sublinhou no seu discurso que Angola está aberta ao mundo para os negócios e determinada a ser um parceiro confiável, estável e estratégico para o Reino Unido.
    Sua Excelência Victor Hugo Guilherme declarou que Angola e o Reino Unido vivem num contexto global desafiante em que se exigem soluções coordenadas sustentáveis, Angola vê no Reino Unido um parceiro estratégico com o qual partilha valores como boa governação, inovação, sustentabilidade e respeito pelo Estado de Direito.

    O Ministro afirmou que a relação bilateral tem evoluído significativamente.

    Para o governante, hoje o Reino Unido é um dos principais investidores em Angola com forte presença nos sectores da energia, banca, consultoria e na educação.

    “As bolsas Chevening, por exemplo, têm desempenhado um papel fundamental na formação dos quadros angolanos, fortalecendo o nosso capital humano com competências de excelência internacional alinhado com os dois pilares do Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027, nomeadamente Capital Humano e Segurança Alimentar”, disse o Ministro do Planeamento.

    Convidado a intervir na abertura do fórum, Calvin Bailey, Enviado de Comércio do Primeiro-Ministro do Reino Unido para a África Austral e deputado, destacou que “Angola é uma terra de oportunidades e colaboração. Esta missão comercial e o Fórum de Negócios demonstram o compromisso do Governo Britânico em fortalecer as parcerias económicas com Angola. Com um comércio bilateral avaliado em cerca de 2,3 mil milhões de libras já em curso entre os nossos países, estamos a conectar a experiência britânica com uma das economias mais dinâmicas em África”.

    Calvin Bailey reforçou que o Reino Unido quer criar oportunidades reais que impulsionem a prosperidade para ambas as nações, com particular interesse nos sectores da educação, infraestruturas, finanças e energias.

    “Este fórum é um teste sobre a importância que dedicamos ao reforço das nossas relações bilaterais. Queremos também reforçar a cooperação bilateral no sector do comércio, uma cooperação de múltiplas vantagens”, referiu.

    Um dos pontos mais marcantes do Fórum de Negócios foi a realização de uma mesa redonda subordinada ao tema “Corredor de Lobito: Portal para Competências do mercado, Turismo e Crescimento Sustentável”.

    O debate contou com intervenções da Directora para Infraestruturas do Departamento de Negócios e Comércio do Governo britânico, Radwa Sultan, da responsável pela cooperação da União Europeia em Angola, Mateja Peternelj, do especialista do sector financeiro do Banco Mundial, Delfim Mawete, bem como dos directores nacionais do Ministério do Planeamento, Laércio Cândido, e do Turismo, Denilson Gonçalves.

    Uma das grandes ideias que emergiu do debate tem a ver com o facto de, segundo os integrantes do painel, o Corredor do Lobito possuir um potencial de se tornar num condutor para a transformação da região nos domínios minérios, infraestrutura, comércio, agricultura, geração de empregos, capacitação de recursos humanos, turismo, finanças e joga um papel preponderante no complemento da visão nacional estratégica de desenvolvimento de Angola.

    Os empresários que viajaram nesta missão a Angola acederam ao convite e ao desafio de explorar o turismo para estabelecer parcerias.

    “Não é apenas um projecto de transporte, porque o Corredor do Lobito traz muitas vantagens para a ampliação da oferta turística aos visitantes, oriundos de vários países e visa promover a conectividade, ampliando as oportunidades para o investimento no sector do turismo”, concluíram.

    Antes do fim do fórum, os directores dos Departamentos de Negócios e Investimentos do Reino Unido participaram numa sessão multisectorial.

    Viajaram do Reino Unido para Luanda representantes de grandes empresas como ImpactA Global, Reid Steel, OECI/Tenenge UK, CONTRACTA CONSTRUCTION UK LIMITED, Cybernitics, ERG International, Quantum Solutions, Aggreko, Incatuk Ltd., HSBC Bank plc, entre outras.

    O programa de Enviados de Comércio do Reino Unido é uma rede de parlamentares que apoiam a missão de crescimento do Governo do Reino Unido, oferecendo suporte adicional à promoção do comércio e investimento internacional